Juliana Loureiro Silva é antropóloga, consultora ambiental, fotógrafa, documentarista, professora, mãe e ekedi.
Na direção executiva da ABAETÉ, agrega experiência técnica e gerencial, conhecimentos teóricos e etnográficos e criatividade artística para liderar equipes na realização de pesquisas e projetos ambientais, culturais e educativos.
Doutora e mestre em antropologia pelo PPGSA da UFRJ, e graduada em Ciências Sociais pela mesma instituição, realizou pesquisas junto ao Núcleo de Experimentações em Etnografia e Imagem (NEXT Imagem); ao Núcleo de Arte,Imagem e Pesquisa Etnológica (NAIPE); ao Núcleo de Antropologia da Política (NuAP); ao Núcleo Urbano Industrial (NURBI) e ao núcleo Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN). Foi professora de antropologia na UFMA, desenvolvendo pesquisa e extensão com o Grupo de Pesquisa Religião e Cultura Popular (GPMINA) e para o Museu Afrodigital do Maranhão (MAD/MA).
Trabalha nos campos temáticos e etnográficos da antropologia visual; da cultura popular; da performance e dos rituais; da ontologia e das religiões de matriz africana; da amefricanidade; da política; dos direitos humanos; dos grandes projetos; dos impactos ambientais; da economia e do território; com populações urbanas e rurais e povos e comunidades tradicionais (pescadores, ribeirinhos, quilombolas e indígenas).
Ingressou na consultoria ambiental em 1999. No ano de 2002 fundou a ABAETÉ, assumindo a gestão executiva e coordenação técnica de estudos de impacto, reuniões e audiências públicas e projetos socioambientais, de empreendimentos dos setores de energia, petróleo, transporte e mineração, em várias regiões do Brasil.
Pioneira na aplicação da antropologia visual no desenvolvimento de metodologias participativas para a realização de diagnósticos socioambientais (vídeo-diagnósticos), mapeamentos políticos (vídeo-debates), análises de impactos (reuniões e fóruns comunitários) e projetos de educação ambiental (oficinas de cinema e observatórios). O Projeto de Educação Ambiental Humano Mar, que concebeu e coordenou, exigido pelo IBAMA, no âmbito do licenciamento ambiental do Campo de Polvo, recebeu, em 2007, o Prêmio Brasil Ambiental da Câmara de Comércio Americana.
Os documentários que dirigiu, Maniva Dá Vida e Humano Mar, sobre as comunidades ribeirinhas amazônicas e as artes de pesca na Bacia de Campos, receberam em 2005 e 2006, respectivamente, o prêmio de melhor filme na Mostra Nacional de Vídeo Ecológico de Bonito – MS.
Sua tese, Encantaria Quilombola: uma etnografia fílmico-fotográfica do atuar dos encantados junto à comunidade rural negra maranhense de Santa Rosa dos Pretos, foi premiada, em 2024, com o primeiro lugar no Concurso Sílvio Romero de Monografias sobre Folclore e Cultura Popular do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por meio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Minc.
Em 2022, a mesma autarquia do Ministério da Cultura, concedeu o terceiro lugar do Prêmio Mário de Andrade de Fotografias Etnográficas para sua foto Coreira do tambor de crioula dança com São Benedito; e o Prêmio Pierre Verger, da Associação Brasileira de Antropologia, concedeu menção honrosa ao seu ensaio O Invisível Fotografado.
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