Clarisse Kubrusly é Pesquisadora, Antropóloga, Roteirista e Produtora. Seus interesses concentram-se as áreas da Antropologia Política da Religião, Cosmologias Afro-indígenas, Feminismos, Antropologia da Arte (cinema e musica), Ecologias e Educação. Possui doutorado (2018) em Antropologia Social pelo Museu Nacional (UFRJ), mestrado (2007) em Sociologia e Antropologia pelo PPGSA (UFRJ) e licenciatura e bacharelado (2004) em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sua tese de Doutorado, “ A arte do traçado entre a Jurema e o Orixá no Quilombo Urbano da Nação Xambá”; foi baseada em um estudo etnográfico no Ilê Axé Oyá Meguê junto do Pai Ivo de Oxum (Adeildo Paraíso da Silva). É autora do livro: “A experiência etnográfica de Katarina Real (1927-2006): colecionando maracatus em Recife”. publicado pelo IBRAM na Coleção Museus, Memória e Cidadania em 2011; e diretora do filme documentário etnográfico: DONA JOVENTINA, 2010, de Clarisse Kubrusly, Milena Sá e Julia Bernstein, sobre a calunga Dona Joventina do Maracatu Estrela Brilhante e as disputas e pedidos de repatriamento em torno desse objeto.
Atualmente desenvolve o projeto e roteiro do filme de longa metragem “MATA DA TAPUIA” em colaboração com a retomada Indígena da Lagoa do Tapará a partir da relação com a educadora Cacica Francisca Bezerra Tapuia Tarairiú em Macaíba, RN. Esse trabalho conta com a parceria da Boboxproduções (@boboxproduçoes). O roteiro ficcional é baseado em uma perspectiva autobiográfica da Cacica Francisca Bezerra com relação ao pedido coletivo pela demarcação territorial e retomada politico espiritual da comunidade indígena ao redor da Lagoa do Tapará.
Participou como MONITORA DE ROTEIRO do projeto TERRITÓRIO KATU DIGITAL- 2023 que implementou um núcleo digital na comunidade Potiguara do Katu em Canguaretama, RN. Este projeto teve como resultado o filme de criação coletiva “YBYKATU”, 2024. Também realizou a DIREÇÃO DE PRODUÇÃO do curta metragem “MUKUNA Aprendiz de pajé”, filmado nessa mesma comunidade em fevereiro de 2024. MUKUNÃ denuncia o desmatamento ilegal nesse território e foi lançado no festival de curtas , Kinoforum em agosto desse ano. (@territotioindigenadigital).
Atuou como curadora do festival CINE TERREIRO 2022, 2023 e 2024, com duas edições sediadas em Natal – RN e uma em Salvador Bahia (dezembro de 2024). Na área musical, realizou a produção-executiva de dois singles (A NOITE INTEIRA ESPEREI e GAVIÃO) do compositor, poeta indígena Xucurú, Nilton Junior (coco de toré do Pandeiro do Mestre), com produção musical do Siba Veloso e do João Noronha (Três Selos e EAEO recordes) cujo lançamento foi realizado em junho de 2024. Em São Paulo atua na curadoria e programação de artistas com uma atenção para as mulheres nordestinas no Centro Cultural Afrika (reduto de congolês) e no Aljaniah (reduto árabe Palestino) ambos no centro da cidade, bairro da Bela Vista. A Pesquisadora pretende então colaborar em atividades educacionais e culturais com foco na questão do racismo ambiental , estrutural e na preservação do planeta, do “bem viver” de populações minoritárias e da vida como um todo.
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